quinta-feira, 11 de agosto de 2011

"Amy... Amy... Amy... Um Show Documentado Por Um Fã Apaixonado" - Partes 3/4 e 4/4

Aqui vão as duas últimas partes do show que documentei com algumas impressões em legenda.

Havia postado as duas primeiras partes de uma Amy mais sóbria e contida. Nesta segunda metade do show  (alguns momentos), percebemos uma outra cantora, já quase perdendoo sua consciência, que dirá seu brio. Mais um pouco e seria um desastre!

Constatei - e isso falo no vídeo - que em certo momento da apresentação, mais específico, quando ela canta Some Unholy War, está na medida certa. O tom acertadíssimo, mesmo já chapada. Diz-se que é o álcool que faz a música. Pois bem, que seja! Mas acho que aquele era o ponto certo da "droga" da Amy para que pudesse flutuar com seu vozeirão. Mas ela nunca conseguia manter-se "no ponto"...

Queria mais e mais. Muitas vezes, alguns shows terminavam como um acidente, ou mesmo nem terminavam. Este, mais uma sorte teve. Ela foi até o fim. Esqueceu o comecinho da letra de Rehab - muito mal cantada, diga-se -, já por conta do grau de ebriedade, mas deu conta do recado para, ao final do show, sorrir para o público e com um leve aceno deixar o palco. Foram exatamente 1 hora e 36 minutos.

Sai do espaçoso HSBC Arena de forma confortável. Lembro que peguei meu celular que havia deixado carregando numa chapelaria arranjada perto de uma cantina. Várias chamadas e mensagens (que bom que não levei!).

Lá fora chovia uma chuva fina, depois do temporal que fechou os túneis e eu estava muito além do Recreio! Saí aéreo. Não me dava conta de nada. Não via sequer por onde anadava. Passava por poças de água. Não lembro se chuviscava. Estava tomado de música e de emoção, maior do que senti em Florianópolis, por vários motivos, inclusive o melhor espetáculo. Andei, andei, andei e... como vou voltar para o Leblon?!

Onde estão os taxis? Nenhum parava! Era vépera da trajédia que acometeu o estado do Rio em janeiro deste ano. Fiquei no meio-fio como um tonto. Parado, parado... Resolvi ver o que tinha mo meu antigo Blackberry. Um e-mail do amigo Bruno Duailibe me mandando um link em que o jornalista d' O Globo, Ricardo Noblat mencionava uma possível fraude dos produtores do evento. Dizia ele que era possível que Amy não estivesse no Brasil e que uma sósia fazia playback na turnê pelo país.


Fico pensando que há vezes em que os jornalistas são mais patéticos que quaisquer um que mereçam e queiram achincalhar como sempre fazem. Eu, só aí, despertei e logo respondi o e-mail - "Não, Bruno, estou lendo seu e-mail exatamente saindo do HSBC Arena no Rio e, convictamente, sim, era a Amy Winehouse. Só para que não tenhas dúvidas, meu ingresso era front stage e estive realmente há 3 metros da cantora". Eis que imediatamente me respondeu: "Putz, mas você não assistiu em Florianópolis?". Eu lhe disse antes de conseguir um taxi por R$ 70,00, achando um absurdo de caro e dando graças a Deus por ter encontrado, a essa altura achando baratíssimo: 'Fã, fã de verdade, meu amigão, não se contenta com pouco. Ele vai atrás do seu ídolo quantas vezes for preciso".


Eu, como fã, ainda queria mais, e planejava assistir à melhor artista de minha geração em outras ocasiões, porém, seria egoísmo meu. Antes de publicar este texto, assisti às cenas integrais do último show da jazzeira. Viajava de férias para os EUA e só ouvi rumores à época. Quando me deparei, me consolei. Seria muita maldade querer que nossa querida Amy permanecesse viva. Não havia mais volta. Foram muitas tentativas. Recuperou-se. Brilhou por aqui, e lá era um "lixo". Deixá-la entrar no palco de Belgrado naquelas condições, e, pior, mantê-la ali, é a confirmação de que 'minha amiga' era muito solitária.

Amy Winehouse, definitivamente, descançou.

 

Parte 3




Parte 4




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