terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

EXPOSIÇÃO EMARANHADO - TELAS DISPONÍVEIS

Como a minha Exposição foi de apenas uma noite (é a proposta), algumas telas ficaram disponíveis para venda e as divulgo aqui. São elas.

Sonhos dos poetas brasileiros – acrílica sobre tela – 150 x 150 cm – em caixa - Tomada de elementos que remontam ao real imaginário de um poeta, com foco na brasilidade, trazendo Iemanjá como tema central, essa tela me foi inspirada nas várias canções populares que já ouvi de cantores como a diva Maria Bethânia, intercalada por seus sonetos e poemas. O ponto alto dessa imagem é sonhar e viajar, assim como fazem os poetas, aqui, os brasileiros.
 

Baía de São José – acrílica sobre tela – 150 x 150 cm – em caixa - Umas das minhas telas que mais me extraiu emoções em busca da satisfação final. Não queria a perfeição técnica, mas aquela que o coração pede. Minha ideia foi retratar a Baía de São José de uma forma mais leve, sem tantos efeitos. Mas a minha mente não deixava! Foi pintada como se estivesse me transportado para as águas que banham a linda cidade de São José de Ribamar, com seus barcos e velas coloridas, sua profusão de gente e um colorido particular. Pintei todo o seu mar, primeiramente. Depois trouxe os elementos que se vê, em espátula e pincel. Para minha surpresa, a Baía de São José ficou mais original do que pensara. Devo dizer que aqui tem o toque das mãos artísticas do “santo marceneiro”, certamente.


Justitia – acrílica sobre tela – 120 x 120 cm – em caixa -  Não poderia deixar de lado uma homenagem à rainha de quem se dispõe a estudar com amor as ciências jurídicas, e um dos maiores desafios, sem dúvidas, para quem opera o Direito, é entender a concepção, a essência desta dama. A minha veio assim, com as vendas a caírem do rosto, não porque está pordendo o papel pensado pelos antigos filósofos, mas porque, para mim, deve enxergar bem para não claudicar. Melhor ainda quando rodeada de elementos a lhe cercarem.
Starr – acrílica sobre tela – 140 x 70 cm - em caixa - É uma forte influência do que tenho visto nas paredes de arte moderna pelo lugares que ando. O preto tomando conta da tela. O meu particular tratamento a esse estilo é dado com traços suaves, contrapondo-se. Para não fugir do meu perfil ‘expressionista’, trago um rosto de fortes traços que não deixam de lado, entretanto, a sua sutil naturalidade. Uma estrela como todas as outras, mas um tanto charmosa: “Starr”, com dois erres mesmo.


O Pensador Francês – acrílica sobre tela – 80 x 100 cm - em caixa - A linha de “O Pensador” é mais uma da série que resolvi denominar de “Os Turquesas”, por conta de seus rostos em tons azulados. Na verdade, se tivesse que nomear a série, chamaria de “Black”. É que, pelas minhas caminhadas na SP-Arte na Bienal e nas galerias do Village em Nova York, percebi a nova tendência dos artistas em usar o preto como cor majoritária. Encontrei fileiras de telas pretas chapadas. Gostei daquela ousadia, mas nunca pretendi fazer arte que parecesse inexata. Foi quando
pensei em trabalhar o preto em contraposição a traços delicados de figuras humanas. Escolhi traços enigmáticos e me fascinei.

A Realizadora – acrílica sobre tela – 80 x 100 cm – em caixa - Inspirado na mesma série de “Os Turquesas”, nasce como o completar, daquele que pensa, aquela que realiza. Em um mundo onde as mulheres tomam conta dos setores mais significantes, nada mais certo que homenageá-la como sendo as propulsoras do novo sistema. A expressão é de quem segue sempre em frente, sem desânimo, como os olhos abertos para o Universo e a vontade de se manter viva. Brevemente as “Realizadoras” serão a maioria em um mundo que cada vez mais as valorizam.
Ianga – acrílica sobre tela - 150 x 70 cm –  moldura canaleta de madeira -  Os grandes sambistas do Brasil invocam Dona Ivone Lara, parceira da imortal Jovelina Pérola Negra, como uma das maiores expressões do partido alto, do samba de roda e do samba tradicional. Ouvir Dona Ivone é passear na semente do ritmo sincopado que carrega a alegria do povo brasileiro. Pela harmonia dos traços e das cores dessa tela, dei-lhe o nome de uma canção da cantora que significa, no dialeto havaiano, “Deus é Gracioso”. Pode significar também “fiel”, “carinhoso” e “sensual”. Senti grande sintonia da tela com tudo isso.
 
 

Pajé – acrílica sobre tela – 80 x 120 cm - moldura canaleta de madeira - Uma tela nascida exatamente na noite da Natal. Tinha começado um dia antes e o que queria era algo completamente diferente desse resultado. Percebi que nunca tinha elaborado a imagem de Jesus Cristo. Para mim sempre foi difícil pintar as imagens de Cristo e de Maria, sua Mãe, pelo significado que têm para mim. Sinto-me muito tocado de forma que interfere sobremaneira no resultado. Mas encarei. No meio do trabalho, já com o esboço do rosto de Cristo sofrido e muito concentrado (afinal era véspera de Natal), um amigo brincalhão foi me visitar e disse; “quem é essa peste?”. Eu tomei um susto e ele saiu sorrindo. O curioso desse fato é que, sob essa figura permanece o rosto de Jesus com sua coroa de espinhos que com muita concentração consegui transformar nessa imagem identificada por mim depois como sendo um Pajé. Talvez pela presença enigmática de Jesus em mais um sincretismo de crenças...
 


Soul em Dois Tempos – acrílica sobre tela – 90 x 140 cm – Nunca escondi minha paixão pela cantora britânica Amy Winehouse. Na minha concepção, Amy trouxe para nossos tempos, mesmo que por tão pouco tempo, a voz enigmática das grandes divas clássicas da soul music. Ouvia Winehouse como um apaixonado e isso não poderia estar longe das minhas telas. Assim, embora minhas pinturas, muitas delas, tenham forte cunho regionalista, foi com os ouvidos chapados de Amy que meu coração vibrava. Esse foi muitas vezes o único “wine” que precisei. A tela é a única em sua homenagem, pintada no dia de sua morte, cheio de emoção.





Os Fortes – acrílica sobre tela – 70 x 100 cm - Aqui está mais uma da série de ”Os Turquesas”. O título da tela, muitos podem pensar, deve ter se originado dos seus cabelos enormes, aludindo à história bíblica de Sanção. Pode ser. Como dizia o grande Picasso, “depois de pronta, a tela não mais me pertence”... Ela faz parte da técnica que desenvolvi para harmonizar o uso exagerado do preto com traços mais suaves como tenho feito com telas dessa linha. Aqui, depois de algumas vezes sozinhos, esses personagens vieram juntos, cheios de enigmas e segredos, mas bem espertos. Talvez porque juntos são bem mais “fortes”.