sábado, 3 de dezembro de 2011

O Mole Poblano, a iguaria mexicana que me nocalteou

Italo Calvino, o célebre literário italiano, escreveu em uma obra, que provavelmente, a comida mexicana, pelos elaborados sabores, tinha origem obscura.

Talvez, os indígenas ocultavam o gosto da carne, proveniente dos sacrifícios humanos, adereçando-a com muitas especiarias, para oultar seu verdadeiro gosto. A verdade fica para os historiadores, mas o certo é, que a gastronomia mexicana é rica, elaborada e carregada de sabores.

É também, o resultado de uma estranha mestiçagem, principalmente, com a comida espanhola, com seus ingredientes básicos no milho, adorado pelos indígenas, o chilli, (pimentas regionais secas), com mais de 100 variedades dignificando os sabores, e o feijão, ingredientes que se encontra sob diferentes formas em toda comida que por lá se prepara.

A comida é para muitos mexicanos o melhor momento do dia e se compõe de soupa seca, uma espécie de caldo ralo muito temperado, com arroz; um segundo prato que pode ser carne, peixe ou frango, sobremesa e café.

Não pode, de jeito nenhum, abandonar México sem ter experimentado o verdadeiro prato mexicano, o mole poblano, o prato bandeira da cuzinha mexicana que é, na verdade, a base para acompanhar frango, carne de porco, de cordeiro ou mesmo de boi. A receita foi inventada pela freira de um convento que, querendo agradar ao bispo, misturou mais de 30 ingredientes, impressionando-o com o delicioso molho. A preparação é devagar e trabalhosa por ter diversas etapas onde se vão misturando todos os ingredientes que vai até uma pequena barra de chocolate meio-amargo, à amanedoim, tomates, amêndoas, passas, alhos, pimentao, canela, pão, banana etc. E foi ele, exatamente o Mole Poblano o meu vilão...

Já viajei pro alguns lugares e como realmente de tudo. Sou acostumado a comidas codimentadas e gosto do sabor salgado e picante, mas a culinária mexicana, inusitadamente e literalmente, me derrubou. Fiquei acamado no quarto do hotem por um dia inteiro com sintomas que é melhor não comentar...

Mas eu não costumo deixar o inimigo rindo de mim e preparei a minha doce (ou apimentada) vingança. Fui para dentro da cozinha do chef Jésus García (De Cortés), a seu convite, para aprender a fazer o prato. E, mesmo ainda convalescendo, enfiei tudo goela abaixo com muita vontade!

Bom, sobre o mal que me acometeu, você saberá nesse vídeo que preparei para você aprender também e, se tiver cpragem, fazer e comer! Comer muito, porque é muito bom!

Nenhum comentário:

Postar um comentário