segunda-feira, 2 de abril de 2012

Mole Poblano: a apreciada iguaria mexicana que me nocalteou!

Italo Calvino, o célebre literário italiano, escreveu em uma obra que, provavelmente, a comida mexicana, pelos elaborados sabores, tinha origem obscura.

Talvez, os indígenas ocultavam o gosto da carne, proveniente dos sacrifícios humanos, adereçando-a com muitas especiarias, para oultar seu verdadeiro gosto. A verdade fica para os historiadores, mas o certo é, que a gastronomia mexicana é rica, elaborada e carregada de sabores.

É também, o resultado de uma estranha mestiçagem, principalmente, com a comida espanhola, com seus ingredientes básicos no milho, adorado pelos indígenas, o chilli, (pimentas regionais secas), com mais de 100 variedades dignificando os sabores, e o feijão, ingredientes que se encontra sob diferentes formas em toda comida que por lá se prepara.

A comida é para muitos mexicanos o melhor momento do dia e se compõe de soupa seca, uma espécie de caldo ralo muito temperado, com arroz; um segundo prato que pode ser carne, peixe ou frango, sobremesa e café.

Não se pode, de jeito nenhum, abandonar o México sem ter experimentado o verdadeiro prato mexicano, o mole poblano, o prato bandeira da cozinha mexicana que é, na verdade, a base para acompanhar frango, carne de porco, de cordeiro ou mesmo de boi. Dizem que a receita foi inventada pela freira de um convento que, querendo agradar ao bispo, misturou mais de 30 ingredientes, impressionando-o com o delicioso molho. A preparação é devagar e trabalhosa por ter diversas etapas onde se vão misturando todos os ingredientes que vai até uma pequena barra de chocolate meio-amargo, à amanedoim, tomates, amêndoas, passas, alhos, pimentao, canela, pão, banana etc. E foi ele, exatamente o Mole Poblano o meu vilão...

Já viajei para alguns lugares e experimento realmente de tudo. Sou acostumado a comidas codimentadas e gosto do sabor salgado e picante, mas a culinária mexicana, inusitadamente e literalmente, me derrubou. Fiquei acamado no quarto do hotel por um dia inteiro com sintomas que é melhor não comentar...

Mas eu não costumo deixar o inimigo rindo de mim e preparei a minha doce (ou apimentada) vingança. Fui para dentro da cozinha do chef Jésus García (De Cortés), a seu convite, para aprender a fazer o prato. E, mesmo ainda convalescendo, enfiei tudo goela abaixo com muita vontade! É inexplicavelmente bom demais aquilo!

Bom, sobre o mal que me acometeu, você saberá se lhe acometerá também, assistindo esse vídeo que preparei onde irá aprender a fazer o Mole e, se tiver coragem, comer. Que Montezuma, pois, lhe seja bonzinho... Quem é Montezuma? Assista o vídeo!
















Aprendi a fazer o Mole Poblano


                                                                                
















Pequeno domentário sobre o Mole

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